terça-feira, 3 de novembro de 2020

De mala aviada.



Já tenho a mala montada há um mês. E fui andando com ela. Experimentando. Andei com sol, com chuva, com vento, depressa, depressinha, devagar e devagarinho. Cheguei à conclusão que a condução é diferente com a mala montada. A bela da scooter abana um pouco a partir dos 110 km. Fiz a mesma experiência quando montei o vidro da Givi na frente e não notei que abanasse mais quando rodava o punho. Agora notei. Não é nada assustador, apenas abana um pouco mas que se resolve com um pouco mais de firmeza no guiador. Também se pode dar o caso de poder ser a associação dos dois acessórios (vidro e mala) que possam causar os abanões... não me parece mas é sempre uma hipótese...

Esta é a parte menos positiva de ter montado a mala que, se virmos bem a coisa, não interessa nada pois a bela da scooter não foi feita para bater recordes de velocidade, muito menos nas minhas mãos. A bela da MP3, à semelhança de muitas outras scooters, foi pensada para ser útil, confortável e, no caso desta, muito segura. São razões muito fortes, pelo menos para mim, que me levaram a optar por este meio de transporte. Tenho carta de mota há quarenta anos e nunca me senti minimamente seduzido por altas velocidades ou qualquer tipo de acrobacias motociclísticas. Não faz muito a minha onda. Há gente para tudo e eu respeito quem adora a adrenalina da velocidade e afins... mas...

Voltando à mala... é uma Shad de 40 litros, com uma aplicação de carga que pode vir a dar jeito se me apetecer um dia ir dar umas voltas por este maravilhoso país. Para já é suficiente para as minhas necessidades. Ainda equacionei uma maior de 50 e tal litros... mas depois achei que iria ficar um trambolho, pendurado ali atrás... e não gostei nada da ideia. Esta é mais ou menos equilibrada, não fica desproporcionada, é pretinha e maneirinha. Um dos problemas desta MP3 300 HPE é a falta de espaço para meter as tralhas todas que são necessárias para o dia a dia. Se nem um capacete grande cabe debaixo do banco (apenas dois jets pequenos) onde é que eu conseguia enfiar o fato de chuva, a lata tapa furos, luvas suplentes e a mochila? Agora enfio isso tudo, com um jet debaixo do banco e a mochila na mala... uma maravilha. Eu venho mal habituado pois na minha bela Scarabeo tinha uma mala onde cabiam dois modulares e mais duas malas laterais. Era quase a arrumação de um apartamento...

Portanto, e para finalizar, foi uma excelente compra que tinha que ser feita. Agora só falta comprar um cobrepernas da Tucano e fico pronto para enfrentar o inverno do Norte :)


quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Novo para-brisas para a MP3.



E hoje foi assim. Primeira ida para o trabalho com o novo para-brisas ( D5614ST, da Givi), enviado de Itália e montado por mim. A primeira impressão não podia ser melhor. Saí cedo, por volta das 8 da manhã e, para quem é desta região sabe do que estou a falar, estava fresquinho e não se deve sair sem um casaco ou sem luvas (eu sei que devemos sair sempre devidamente equipados... mas no verão... nem sempre acontece...) mas desta vez decidi ir sem as luvas para testar o grau de protecção das mãos que o novo para-brisas oferece e, muito sinceramente, não senti ponta de frio nos dedos. Claro que estamos no verão e as condições atmosféricas são favoráveis, mas já fiz este mesmo percurso com o para-brisas de origem e sei bem o frio que senti nas patinhas...

Também no peito a diferença é abismal pois deixei de levar pancada e viajei durante um longo período com a viseira do capacete levantada para perceber se ia ou não começar a chorar... Não chorei... Claro que não devemos andar com a viseira levantada pois dizem as regras de segurança que devemos proteger os nossos olhos só que eu tinha mesmo que experimentar para tirar as minhas conclusões.

Eu não sou alto nem baixo, tenho um metro e oitenta, peso oitenta e cinco quilos, e gosto de andar de scooter com as costas direitas, esticadas, porque a idade não perdoa e se não o fizer, no dia seguinte, tenho que tomar qualquer coisa para a lombalgia, de maneira que o teste foi todo feito na minha posição de condução, confortável, o que me leva a concluir que este para-brisas está muito bem concebido para uma pessoa com as minhas características físicas. Provavelmente para outras pessoas, com estaturas diferentes, poderá não funcionar tão bem e estes aspectos devem sempre ser ponderados antes da compra.

Estas são as impressões gerais, as mais fáceis de perceber e constatar, depois tive de acelerar para confirmar o comportamento geral do para-brisas na MP3. Como ainda estou em rodagem, acelerei gradualmente até aos 130 Km/Hora e não me apercebi de qualquer tipo de vibrações e o andamento a essa velocidade foi muito tranquilo e até parecia que estava a circular na minha bela e saudosa Scarabeo. Também é verdade que não estava ponta de vento mas, com aragens mais fortes... qualquer scooter abana.

Conclusão: Estou super contente com a aquisição. Paguei com Paypal e numa semana estava em casa. A montagem é super fácil e não necessita de ferramentas especiais. Não estou a querer fazer a apologia de só comprar pela Internet mas, no meu caso, compensou largamente pois o orçamento que me apresentaram era perfeitamente exorbitante e demonstrativo da falta de sensibilidade para com um cliente que tinha acabado de comprar uma scooter na loja e, quando o querem ganhar todo...

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

MP3 - Posição de condução.

Quem olha para a MP3 300 HPE, assim como quem não quer a coisa, fica com a ideia que é uma scooter baixinha. E é verdade. Na sua aparência geral não é uma daquelas que se tem que fazer uma ginástica notável para subir para cima dela. Eu venho de uma roda alta. A minha bela Scarabeo tem uma roda 16 (que saudades da roda alta quando apanho um buraco...) e a MP3 é rodinha baixa... mas quando estamos bem sentados facilmente se percebe que a posição de condução é enganadora. Porque é que digo isto? Porque quando ponho os pés no chão fico com a mesma posição que ficava na Scarabeo. Não consigo pousar os pés nem fico em biquinhos dos pés, fica ali no meio termo. E eu não sou baixo, mas também não sou nenhuma torre... tenho um metro e oitenta. Não estava à espera desta altura do banco. Na altura em que fui ver a MP3 ao stand, pedi para me sentar e, como é lógico, pus logo as patinhas em cima dos "pousa pés" porque a ideia inicial quando se namora uma scooter com estas características é que nunca vamos meter os pés no chão para nada porque ela segura-se... Verdade seja dita que andei a pousar os pés no chão nas duas primeiras semanas, enquanto me estava a habituar ao sistema de botões... passado o primeiro mês, muito raramente pouso os pés no chão, apenas o faço quando me dá a preguiça. Sim, andar numa MP3 é preciso estar sempre muito atento quando estamos quase a parar e temos que apanhar o momento certo para carregar no botão (estou a exagerar porque a coisa começa a fluir naturalmente).

Conclusão: o banco é realmente alto. O guiador é baixo. Com a minha altura, ao fim de uns valentes quilómetros, fico com algum adormecimento nos punhos. Também não estava a contar com isto. Ando a aprender a relaxar e não me agarrar/inclinar/pressionar os punhos com tanta força. Vai ser o próximo desafio.

Claro que ando para aqui a fazer comparações. E também é claro que são comparações que nunca devem ser feitas. A Scarabeo é uma scooter com características completamente diferentes da MP3 e, portanto, não comparáveis.

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Em modo MP3.


Depois de treze anos com a minha bela Scarabeo, chegou a altura de me despedir dela e começar uma nova aventura. Não foi fácil a despedida. Se fosse mais novo um pedaço continuaria mais uns treze anos com ela. Foi sempre um prazer conduzir aquela scooter, mas a vida é mesmo assim e, a partir do momento em que me decidi, encarei a mudança naturalmente.

Agora vou conduzir uma MP3 300 HPE Sport. Um triciclo para muitos. Para mim é uma bela scooter, muito segura, ideal para um tipo como eu. Aliás, desde que apareceram no mercado que fiquei desejoso de ter uma. Se pudesse ficava com as duas mas não posso. Uma pena.

E porque é que é ideal para mim? Porque não é racing... Não tenho nada contra as pessoas que gostam de motas com nervo. Para mim... quero lá saber do nervo. Gosto de andar de mota tranquilamente, pelo prazer de andar ao vento, sem grandes aceleranços e muito menos picanços. Não tenho nenhuma pachorra para cenas motoqueiras mas aceito perfeitamente aqueles que vivem o mundo das duas rodas a sério. Tirei a carta de mota em 1982... sim, já lá vão uns valentes anos... e sempre tive uma especial paixão pelas duas rodas. Nunca vi um grande prémio de moto GP, nem vou ver; nunca soube o nome dos modelos, nem tão pouco as suas características; não faço a mínima ideia do que me falam quando estou na presença de um mecânico... enfim, que me perdoem todos aqueles que vivem para isto tudo mas eu não consigo ocupar espaço no meu cérebro com informações que não me interessam e que nunca irei dominar. A mota, para além do prazer, para mim tem uma utilidade muito bem definida: transporta-me daqui para ali, em segurança, o resto são cantigas.

Posto isto, nunca é de mais referir que este blogue vai funcionar como um diário de bordo, intermitente, sempre que tiver algum assunto de relevância cá estarei para partilhar com aqueles que se interessam por motas, scooters e, em especial, pelas MP3.

Acabei por importar todo o conteúdo que fazia parte do blogue dedicado à minha bela Scarabeo e... a importação ficou um pouco baralhada... mas o que interessa agora é daqui para a frente.


Fartinho de estar em casa.

 Hoje fui fazer umas compras pequenas. Fui de MP3. Adorei fazer aqueles quatro quilómetros. Fui a ouvir isto .